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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Love & Order



Love & Order é mais um maravilhoso jogo da Winter Wolves, e um dos antigos (assim como Always Remember Me). Certamente não tem tanta popularidade quanto o outro, já comentado por mim aqui, mas não deixa a desejar em nada pelo que se propõe a fazer. Acredito que sua popularidade (não tão grande) seja devido ao fato de o jogo ser curto (em pouco tempo é possível desbloquear todos os finais) e, provavelmente, pela temática, que envolve mistério e gira em torno do mundo da lei (como o próprio nome já sugere). Assim como todos os jogos da Winter Wolves está disponível apenas em inglês, vale lembrar.
A história é basicamente a seguinte: Dana Larose é uma jovem que acaba de se formar e arruma um emprego de secretária no escritório de Attorney, aquele que dá a palavra final em tudo ali. Seus companheiros de trabalho e quem ela deve ajudar são Ross, Jonathan, Pierre e Dorothy.
Jonathan é um rapaz lindo, e Dana (como a maior parte das mulheres) se sente atraída por ele, mas sabe separar os negócios da vida amorosa. No entanto, Jonathan não pode dizer o mesmo. Ele é um conquistador nato, sempre com palavras bonitas na ponta da língua e flertando na primeira ocasião que encontra. Ele está no terceiro ano da faculdade de direito e se sente sortudo por estar ali. Mas não é difícil de perceber que ele não passa de um mauricinho, certo? Se o escolher para ser seu par, aos poucos é possível ver que Jonathan não é tão superficial como parece e que pode realmente ser muito carinhoso e gentil. 

Dana, muito bonitinha!

Ross é praticamente o chefe de Dana, uma vez que ele cuida de tudo o que acontece no escritório. É um homem muito sério e responsável, e inicialmente não parece ser fácil de se aproximar. Assim como todos os outros, possui um lado que ninguém conhece e que cabe a Dana desvendar. Ross é a figura perfeita de um homem de escritório, e de um fetiche que muitas garotas particularmente têm: loiro, olhos claros, bonito, sério e às vezes até mesmo nos passa a impressão de frieza. 
Dorothy é uma moça encantadora, madura e elegante. Ela lida com muitos assuntos importantes no escritório, mesmo que quem tome frente ali seja Ross. É uma mulher inteligente, simpática e séria no seu trabalho. Acredito que conviver com uma mulher igual a ela não seja fácil; não por sua personalidade e maneiras, mas porque ela provavelmente faria qualquer mulher se sentir uma garotinha burra, feia e sem graça. Do contrário, não é muito difícil se apaixonar por ela: não só por sua beleza, seu modo de vestir e o charme da sua maneira de falar, mas pela doçura que ela representa. 
Por fim, Pierre, que é o meu favorito. Tudo bem, inicialmente ele me chamou atenção só pela aparência, devo admitir. Mas depois que vamos o conhecendo melhor, é inevitável pensar que a escolha foi muito bem feita. Pierre é competente como todos os seus colegas, mas não tem aquela auréa de seriedade ao seu redor. Muito pelo contrário, é um homem bastante tranquilo e educado, daqueles que fazem com que a gente se sinta mais confortável simplesmente estando em sua presença. Sua personalidade é um verdadeiro amor! E se nada disso fosse o bastante, ele tem cabelos grandes e toca guitarra. Quer mais charme do que isso?

Pierre conquistando o meu coração.

Enfim, o jogo se divide nas tarefas que Dana tem que realizar no escritório como secretária, no mistério que conduz a história e no romance que pode desenvolver com um de seus colegas de trabalho. O mistério é um trabalho esquecido e arquivado que chama atenção de Dana e ela decide investigá-lo, descobrindo uma grande falcatrua ao final. Se desenvolver bem o mistério, a justiça prevalece. Caso contrário, uma pisada na bola é o suficiente para o caso não ser solucionado (e você se dará bem apenas no romance, talvez).

sábado, 14 de junho de 2014

Mars




Mars é meu mangá favorito de todos os tempos! Eu nunca tinha me encantado e apegado tanto a um mangá antes, a ponto de querer que ele nunca acabasse. Inclusive, os capítulos traduzidos estão incompletos, o que seria algo péssimo para muitos, mas para mim saiu como uma mão na roda! Exatamente porque, sem ler o final de fato, o mangá nunca terá acabado para mim. Mesmo que a minha curiosidade me mate, acho melhor que as coisas sejam assim. Vai entender!
Mars conta a história de Kira, uma menina muito quieta, introvertida, solitária e enigmática. Ela não fala com ninguém, não tem amigos e é bastante misteriosa. Seu ponto forte é o dom que ela tem para o desenho, e é nessa forma de arte que ela expressa sua verdadeira personalidade. Já Rei é um cara lindo, popular e conquistador. Ele tem uma grande paixão por motos e é um tanto quanto irresponsável e inconsequente, sem falar no seu egocentrismo evidente no decorrer das páginas. Tudo começa quando eles se encontram por um acaso e Rei pede ajuda com direções a ela. Kira sempre foi tão quieta e invisível que Rei sequer percebe que os dois estudam juntos. Ela evita ao máximo as pessoas, principalmente as encrenqueiras como Rei. Kira evita falar com ele e por isso desenha um mapa para o rapaz, que só depois percebe o desenho no verso da folha. Rei se encanta por esse desenho e sua sensibilidade e por isso começa a tentar se aproximar daquela menina tão inalcançável. Ela aos poucos vai cedendo às investidas dele, que a vê inicialmente como alguém frágil e a ser protegido, quase como sua irmã mais nova. Mas, assim como a maioria dos casos, a amizade dos dois logo se transforma em algo muito mais grandioso até o ponto que não conseguem mais viver um sem o outro. 

Rei, o bad boy que não é tão bad assim... Esconde tantas coisas por detrás desse sorriso!

Rei é um personagem apaixonante, assim como Kira. Os dois são opostos, mas me parecem o casal mais certo que poderia existir. Rei tem traços delicados, cabelos compridos e loiros, pose de bad boy e muito charme. Mas é ainda mais lindo por dentro. Seu interior está devastado, enegrecido, solitário. Ele já passou por muita dor e decepção e cada pancada que levou da vida permanece ali, disfarçada, mas ainda uma ferida exposta. Ele é muito mais do que aparenta ser e é por isso que envolve cada vez mais as pessoas, fazendo com que sintam-se atraídas por sua personalidade. A cada trauma superado e passo dado adiante, essas feridas começam a cicatrizar. Já Kira é uma menina muito discreta, que não gosta de chamar atenção, vive se escondendo atrás de uma folha de papel. Quando desenha é o único momento em que é completamente sincera, com si mesma e com o mundo ao seu redor. Seus desenhos são intensos e muito sensíveis, capazes de captar um bando de sensações que tocam os outros e fazem de seu talento único. As feridas de Kira parecem cicatrizadas, mas abrem-se sempre que relembram um pouco dos dias de dor. Kira é uma daquelas pessoas silenciosas, mas com mentes barulhentas. Ela só encontra libertação e começa a ser quem realmente é quando encontra alguém com quem contar, depois de tanto tempo solitária. Ela encontra em Rei não só um amor, mas alguém capaz de entender seu sofrimento. Alguém que trilhou por caminhos tortuosos, mas que continua em frente. A certo ponto seus caminhos não só se cruzam, mas levam ao mesmo destino.

 Rei e Kira... Os traços são de dar gosto! Principalmente os olhos, tão expressivos...

O mangá está muito longe de ser mais um desses clichês super previsíveis e um tanto quanto fúteis que estão por aí. Inclusive é mais intenso e bem explorado que muitos livros e filmes que conheço. O enredo é simplesmente maravilhoso e os ganchos na história não são soltos e apelativos, mas todos se relacionam de alguma forma e só tem a acrescentar. É incrível a evolução dos personagens no decorrer da trama e seu crescimento diante a cada acontecimento marcante. Mars é cheio de drama e romance e pode até mesmo levar a lágrimas, por ter capítulos tão delicados e emocionantes. A história perambula por assuntos extremamente tocantes e sérios, como estupro, abandono, rebeldia, suicídio. Cada personagem tem um passado obscuro que influencia diretamente seu jeito de ser presente, e ao mesmo tempo se permitem ir mudando com o contato com pessoas marcantes e reviravoltas. 
Mars mostra que todos têm problemas, alguns mais sérios, outros menos. Mas todos têm o mesmo peso excruciante sobre quem os possui, com a mesma intensidade, e não se pode julgar algo que não se viveu na própria pele. Só nós mesmos conhecemos o peso de nossos problemas e a dimensão de nossas dores. E é preciso enfrentar alguns traumas de frente, ou seremos assombrados por eles eternamente. Superar os traumas às vezes é simplesmente ser exposto a emoções muito fortes, a situações de risco, a terapias de choque. Mas esse não é o único caminho: às vezes, tomando pequenas atitudes a cada dia, conseguimos deixar o passado para trás. De passo em passo retomamos nosso caminho e nos afastamos da escuridão. O amor é um sentimento libertador, mas também pode nos enjaular. E quando percebemos que o sentimento só nos faz mal e nos causa dor, devemos abandoná-lo, por mais difícil que pareça. Às vezes aquilo que nos causa sofrimento vale a pena ser mantido. Mas na maioria das vezes aquilo será apenas mais um empecilho para nossa felicidade. E isso não muda...

Quadro pintado por Kira. Nomeado Mars, o deus da guerra.

Todos nós, bem no fundo, sonhamos em mudar completamente uma pessoa. Em virar seu mundo de cabeça para baixo, salvá-lo e se tornar seu porto seguro. Mas algumas pessoas nunca mudam. 
Me encanta completamente aquele amor que nasce ao avesso. Aquela paixão que surge dos defeitos, não das qualidades. Que nasce na lama, como uma flor de lótus. Porque algumas pessoas podem ter os piores defeitos do mundo, mas valem a pena. Seus defeitos fazem parte de quem elas são, e fazem com que elas sejam ainda mais humanas, mais belas.
Chego a perder a conta da quantidade de coisas que esse mangá me mostrou, mesmo que de forma tão despretensiosa e simples. À primeira vista, toda essa profundidade passaria despercebida. Mas para aqueles que se permitiram não só acompanhar, mas se entregar à história, aos personagens e suas dores... Tiveram uma experiência incrível como eu.

terça-feira, 10 de junho de 2014

Always Remember Me



Esse é um dos meus jogos favoritos e um dos primeiros que joguei do tipo Visual Novel (que se tornou uma das minhas maiores paixões). Sempre gostei bastante de jogos que nos permitem fazer escolhas que acabam decidindo todo o rumo da história, além de várias possibilidades de finais. E quando esse jogo é direcionado ao público feminino e jovem, com enredo e romances interessantes, além de uma arte impecável, é impossível não se apaixonar.
Always Remember Me é um jogo feito pela Winter Wolves, que por sinal também é responsável pelo restante dos meus jogos preferidos. No site é possível encontrar vários jogos lindos e muito bem feitos, e baixar o demo de graça. Mas é claro que ficar só no princípio não satisfaz a ninguém e quem tiver a oportunidade de jogar o demo vai querer mais. Vale lembrar que o jogo está disponível apenas em inglês e se você não entende muito bem a língua, não entenderá absolutamente nada da história nem poderá fazer as escolhas.
Always Remember Me conta a história de Amy (Amarantha), uma garota ruiva, linda e doce que gosta de escrever poesias e trabalha numa sorveteria. Ela perdeu seus pais num acidente de carro e vive desde então com sua tia Gwenda (uma senhora muito simpática) e sua gata de estimação Nina
 
Aaron e Amy, um casal adorável.

Ela namora Aaron e os dois se dão muito bem, apesar do pai dele não apoiar o namoro. Mas um dia os dois sofrem um acidente juntos e Aaron acaba perdendo a memória parcialmente, e não se lembra de nada que seja recente. Isso inclui seu namoro com Amy, que se encontra desolada. Então o jogador deve tomar a decisão de reconquistar Aaron (que além dos habituais empecilhos ainda tem uma namorada mala, loira e convencida chamada Abigail) ou se aventurar nos outros romances que o jogo propõe: o médico gato, o amigo de trabalho fofo, ou o garanhão fashion.

Amy, Aaron e sogrinho Osher que finalmente aceitou o relacionamento dos dois.

Outro possível romance é com Eddy, o médico gato que trata de Aaron. Ele é muito gentil e ajuda Amy nos piores momentos. Além de ser mais velho e mais maduro, ele parece ser exatamente o tipo de homem que Amy precisa. 

Amy e o Dr Sexy.

Incrivelmente fofos.

Há o doce e tímido Lawrence, que trabalha junto a Amy na sorveteria e está sempre a observando em silêncio. Lawrence é aquele tipo de rapaz quieto, mas que sempre tem muito a dizer. Ele pode não interferir diretamente na vida de Amy, mas está sempre a ajudando e apoiando dos bastidores. 

Inegavelmente uma de minhas imagens preferidas do jogo. 

Como não amar caras de cabelo grande?

E por fim temos Hugh, o garanhão e bad boy que vive provocando Amy. De início não passa de um daqueles babacas superficiais, mas aos poucos vai mostrando sua verdadeira personalidade. Esse tipo de homem, apesar de parecer o contrário, é provavelmente o mais difícil de se conquistar, porque ao mesmo tempo que é de todas, é de nenhuma. E se acaba se interessando por uma garota, é porque ela é verdadeiramente especial. 

 Fofos!

Bad boy e sexy..

Enfim, o jogo tem um tema bastante clichê, mas sabe abordá-lo de forma simples e muito doce, além de ter personagens cativantes (quase impossível escolher seu favorito) além de uma música tema muito fofa:



Para finalizar, as citações contidas em Always Remember Me e que são simplesmente apaixonantes:

"Ao ser tocado pelo amor, todos se tornam poetas".
- Platão

"Ame o mundo todo como uma mãe ama seu único filho".
- Buda

 "Amar não é olhar um para o outro, é olhar juntos na mesma direção".
- Antoine de Saint-Exupéry

"A Lei da Gravidade não pode ser responsável pelas pessoas caírem de amor".
- Albert Einstein

"O amor não está nas nossas escolhas, mas no nosso destino".
- John Dryden

"O amor é algo eterno; o aspecto pode mudar, mas não a essência". 
- Vincent Van Gogh  

"O amor é um jogo em que dois podem jogar e ambos ser vencedores". 
- Eva Gabor

"Amor é uma tela fornecida pela Natureza e bordada pela imaginação".
- Voltaire